Anta sul-americana

A anta brasileira (Tapirus terrestris), também conhecida como anta sul-americana, é um mamífero herbívoro de grande porte encontrado nas florestas e campos da América do Sul. Os adultos normalmente pesam 150-250 kg e medem 1,7-2 metros de comprimento, com uma altura de ombro de cerca de 77-108 cm. Têm uma pelagem castanha escura a preto-acinzentada, uma juba curta e eriçada e um focinho preênsil caraterístico.

Habitats e distribuição

A anta brasileira habita uma variedade de ambientes em toda a sua área de distribuição geográfica na América do Sul, incluindo as florestas tropicais da Bacia Amazónica, as zonas húmidas do Pantanal e as pastagens do Cerrado. Ela se desenvolve em áreas com abundantes fontes de água, como rios, lagos e pântanos, pois depende muito de habitats aquáticos para se alimentar e se refrescar. Esta espécie também pode ser encontrada em florestas secundárias e áreas perturbadas, demonstrando um grau de adaptabilidade.

Geograficamente, a anta brasileira se estende do norte da Colômbia e da Venezuela até o Brasil, leste do Peru e norte da Argentina e Paraguai. Sua distribuição, no entanto, é frequentemente fragmentada devido à destruição do habitat e à invasão humana. Apesar desses desafios, a anta continua presente em várias áreas protegidas e reservas, onde os esforços de conservação visam garantir sua sobrevivência contínua.

Comportamentos e reprodução

A anta brasileira tem um comportamento essencialmente solitário, com indivíduos que se juntam principalmente durante a época de acasalamento. Esses mamíferos herbívoros são principalmente noturnos, passando as noites em busca de alimento e viajando entre fontes de água e áreas de alimentação. O acasalamento ocorre normalmente na estação das chuvas, quando os recursos são abundantes. Os machos estabelecem uma comunicação olfactiva, cheirando a urina das fêmeas para determinar o seu estado reprodutivo. Uma vez encontrada uma fêmea recetiva, o processo de acasalamento envolve vocalizações e contacto físico antes da cópula.

Após um período de gestação de cerca de 13 meses, a fêmea dá à luz uma única cria, que se caracteriza pela sua pelagem listrada e manchada, que lhe permite camuflar-se na luz do sol do chão da floresta. A cria permanece escondida durante as primeiras semanas de vida, dependendo do leite e dos cuidados da mãe. À medida que amadurece, o juvenil começa a explorar mais, tornando-se gradualmente independente. Únicas na sua estratégia reprodutiva, as antas apresentam um desmame tardio e cuidados parentais prolongados, garantindo a sobrevivência da cria no ambiente denso e muitas vezes perigoso da floresta tropical.

Dieta

Herbívoro; alimenta-se principalmente de frutos, folhas e plantas aquáticas.

Cores

Castanho, cinzento

Factos divertidos

As antas brasileiras são excelentes nadadoras e frequentemente entram na água para escapar de predadores ou encontrar comida.
A sua alimentação é variada, incluindo frutos, folhas e plantas aquáticas.
As antas desempenham um papel vital nos seus ecossistemas como dispersoras de sementes, ajudando a manter a diversidade das florestas.
Apesar do seu grande tamanho, as antas são tímidas e esquivas, permanecendo muitas vezes escondidas na vegetação densa.

Estado de conservação e esforços

A anta brasileira (Tapirus terrestris) está atualmente classificada como Vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN, com tendências populacionais que mostram um declínio devido principalmente à perda e fragmentação do habitat causada pela desflorestação, expansão agrícola e desenvolvimento de infra-estruturas. Para além da destruição do habitat, a caça furtiva pela sua carne e pele constitui uma ameaça significativa à sua sobrevivência.

Os esforços de conservação para proteger a anta brasileira incluem o estabelecimento e a gestão de áreas protegidas que conservam porções substanciais do seu habitat. Organizações ambientais e agências governamentais estão trabalhando em projetos de reflorestamento e corredores de habitat para reconectar paisagens fragmentadas. Além disso, programas de conscientização voltados para as comunidades locais enfocam a importância da anta na manutenção da saúde do ecossistema, juntamente com iniciativas de combate à caça ilegal. Também estão a ser implementados programas de monitorização para recolher dados sobre a dinâmica e a saúde da população, orientando assim outras acções de conservação.

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