O macaco-esquilo é um primata pequeno e ágil, com um corpo esguio e uma cauda longa e preênsil que ajuda no seu estilo de vida arbóreo. Os macacos-esquilo Cassiquiarensis adultos medem cerca de 25 a 30 centímetros de comprimento de corpo, com um comprimento de cauda de aproximadamente 35 a 40 centímetros. Eles pesam entre 600 e 1.000 gramas. O seu pelo é tipicamente uma mistura de cinzento ou acastanhado no dorso e amarelado mais claro ou laranja na parte inferior. Tem olhos grandes e expressivos e membros longos.
Habitats e distribuição
O macaco-esquilo (Saimiri cassiquiarensis) habita principalmente as florestas tropicais da bacia amazónica, desenvolvendo-se em copas densas e com várias camadas. Preferem áreas com fontes de água abundantes, muitas vezes perto de rios e riachos, onde o ambiente exuberante fornece alimento e proteção abundantes. O seu estilo de vida arbóreo leva-os a passar a maior parte do tempo nos níveis superiores da floresta, utilizando movimentos ágeis para atravessar a intrincada rede de ramos. Geograficamente, o Saimiri cassiquiarensis está distribuído por vários países da América do Sul, incluindo o Brasil, o Peru e a Colômbia. É particularmente prevalente em regiões com florestas primárias não perturbadas, mas também pode se adaptar a áreas de crescimento secundário, se necessário. A presença da espécie nestas regiões sublinha a sua especialização no habitat rico e biodiverso da floresta amazónica, um fator chave no seu nicho ecológico.
Comportamentos e reprodução
Os macacos-esquilo apresentam um comportamento altamente social, formando grandes tropas que podem consistir em vários indivíduos até mais de uma centena de membros. Estas tropas são frequentemente matrilineares, com laços estreitos entre os membros do sexo feminino e a sua descendência, enquanto os machos tendem a vaguear de forma mais independente. Durante a época de acasalamento, que ocorre tipicamente uma vez por ano, os machos exibem mudanças visíveis, como o aumento do tamanho do corpo devido ao armazenamento de gordura e testículos inchados, que os ajudam a competir pelas fêmeas. O período de acasalamento conduz normalmente a uma breve concentração na cópula dentro do grupo, seguida de um regresso às actividades sociais normais. A reprodução envolve um período de gestação de cerca de cinco meses e as fêmeas dão à luz uma única cria, embora os gémeos sejam raros, mas não desconhecidos. Após o nascimento, a mãe presta cuidados extensivos, com o bebé agarrado às suas costas enquanto ela se desloca pela copa da floresta. O desmame ocorre após cerca de quatro meses, mas os macacos jovens continuam a depender das suas mães e de outros membros do bando para aprendizagem social e proteção, tornando-se gradualmente mais independentes à medida que amadurecem. Esta estrutura social desempenha um papel crucial na sobrevivência e bem-estar das crias nos seus habitats complexos e dinâmicos da floresta tropical.
Dieta
Omnívoro, consome frutos, insectos e pequenos animais.
Cores
Acinzentado, acastanhado, amarelado, laranja
Factos divertidos
Os macacos-esquilo são muito sociáveis e vivem frequentemente em grandes grupos, que podem incluir até 50 indivíduos.
São conhecidos pelo seu comportamento enérgico e brincalhão.
O nome da espécie vem do rio Cassiquiar, na bacia amazónica, onde foi descrita pela primeira vez.
Têm uma taxa metabólica elevada e necessitam de uma alimentação variada para manter os seus níveis de energia.
Estado de conservação e esforços
O estado de conservação do macaco-esquilo (Saimiri cassiquiarensis) está atualmente classificado como Pouco Preocupante pela Lista Vermelha da IUCN. Embora a sua população global seja geralmente estável, foram registados declínios localizados devido à perda de habitat, particularmente devido à desflorestação e à expansão agrícola. As principais ameaças incluem a fragmentação do habitat, o comércio ilegal de animais de estimação e a caça. Estas pressões são especialmente acentuadas em regiões onde os habitats estão a ser convertidos para a agricultura de óleo de palma e de soja. Os esforços de conservação do macaco-esquilo incluem iniciativas de proteção e recuperação do habitat, principalmente através da criação de áreas protegidas e reservas no seu habitat natural na América do Sul. Além disso, várias ONG e governos locais estão a trabalhar para aplicar regulamentos contra a caça furtiva e travar o comércio ilegal de animais selvagens. O envolvimento e a educação da comunidade são também componentes integrais das estratégias de conservação, com o objetivo de reduzir os conflitos entre humanos e animais selvagens e promover práticas sustentáveis que beneficiem tanto as populações locais como a vida selvagem. Estes esforços combinados têm como objetivo atenuar as ameaças e garantir a sobrevivência a longo prazo da espécie no seu ecossistema nativo.