
Aspeto: A foca-monge do Mediterrâneo, Monachus monachus, é uma foca de tamanho médio caracterizada pelo seu corpo robusto e barbatanas curtas e largas. Os adultos medem normalmente entre 2,4 e 2,8 metros de comprimento e pesam entre 240 e 400 quilogramas. Habitat: Estas focas habitam principalmente o Mar Mediterrâneo e partes do Oceano Atlântico oriental. Preferem habitats costeiros remotos e não perturbados, como grutas, costas rochosas e praias isoladas, que lhes proporcionam locais seguros de reprodução e repouso.
Comportamento: As focas-monge do Mediterrâneo são criaturas solitárias e esquivas, evitando frequentemente a presença humana. São principalmente diurnas, o que significa que estão activas durante o dia. Estas focas são conhecidas por se refugiarem em terra para descansar, dar à luz e amamentar as suas crias. São também excelentes nadadoras, capazes de mergulhar a grandes profundidades para procurar alimento.
Reprodução: A época de reprodução das focas-monge do Mediterrâneo varia consoante a região, mas ocorre geralmente no outono. As fêmeas dão à luz uma única cria após um período de gestação de cerca de 10 a 11 meses. As crias nascem com uma pelagem preta e lanosa e são amamentadas durante quatro meses antes de serem desmamadas.
Estado de conservação: A foca-monge do Mediterrâneo está classificada como "Em Perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A sua população diminuiu significativamente devido à destruição do habitat, à perturbação humana, ao emaranhamento em artes de pesca e à caça ilegal. Estão em curso esforços de conservação para proteger os seus habitats, reduzir os conflitos entre humanos e focas e monitorizar as populações.
Distribuição: As principais populações encontram-se na Grécia e na Turquia, com populações mais pequenas em Chipre e em partes do Mediterrâneo ocidental, incluindo a Argélia e o arquipélago da Madeira, especificamente as Ilhas Desertas. Há também avistamentos na zona do Cabo Branco, na costa noroeste de África, particularmente na Mauritânia e no Saara Ocidental.
A foca-monge do Mediterrâneo é um dos mamíferos marinhos mais ameaçados do mundo, pelo que são essenciais esforços concertados de conservação para garantir a sua sobrevivência.
Habitats e distribuição
A foca-monge do Mediterrâneo habita principalmente as zonas costeiras do Mar Mediterrâneo e o leste do Oceano Atlântico. Os seus ambientes preferidos são as costas isoladas e muitas vezes escarpadas, dotadas de grutas marinhas, que constituem locais essenciais de repouso e de nascimento. Estas focas são conhecidas por frequentarem áreas relativamente pouco perturbadas pela atividade humana, incluindo praias remotas e costas rochosas com grutas subaquáticas que oferecem proteção contra predadores e condições meteorológicas adversas.
Geograficamente, a foca-monge do Mediterrâneo encontra-se em várias populações fragmentadas na bacia do Mediterrâneo, com grupos notáveis na Grécia, na Turquia e nas Ilhas Desertas, no Atlântico, perto da Madeira. Existem também pequenas populações ao longo das costas da Mauritânia e do Sara Ocidental. Devido à perda de habitat, à perturbação humana e à caça histórica, a sua distribuição tornou-se severamente limitada e fragmentada, tornando os esforços de conservação críticos para a sobrevivência desta espécie ameaçada.
Comportamentos e reprodução
As focas-monge do Mediterrâneo têm normalmente comportamentos solitários ou em pequenos grupos, descansando frequentemente em grutas isoladas ou ao longo de costas remotas. Durante a época de reprodução, os machos estabelecem territórios utilizando vocalizações e exibições físicas para afastar os rivais e atrair as fêmeas. O acasalamento ocorre geralmente debaixo de água e, após um período de gestação de cerca de 10-11 meses, as fêmeas dão à luz uma única cria, normalmente em grutas isoladas com entradas subaquáticas, que oferecem proteção contra predadores e perturbações humanas.
O período de amamentação dura cerca de 5 a 7 semanas, durante as quais a mãe permanece muito atenta, raramente deixando a cria sozinha. Após o desmame, a cria aprende gradualmente a caçar e a navegar no seu ambiente, embora possa permanecer junto da mãe durante mais algumas semanas. Os lobos-marinhos do Mediterrâneo apresentam sistemas de acasalamento poligínicos, em que um macho acasala com várias fêmeas dentro do seu território, contribuindo para uma taxa de reprodução relativamente baixa que, juntamente com as ameaças da atividade humana, torna os esforços de conservação críticos para esta espécie ameaçada.
Dieta
A sua alimentação é constituída principalmente por peixes, cefalópodes (como polvos e lulas) e crustáceos. Alimentam-se de forma oportunista, caçando frequentemente em águas costeiras pouco profundas.
Cores
O seu pelo é geralmente castanho-escuro ou preto no dorso e mais claro no ventre, tendo alguns indivíduos uma mancha branca distintiva no ventre.
Factos divertidos
Factos divertidos
Residentes antigos: As focas-monge do Mediterrâneo são consideradas uma das espécies de focas mais antigas do mundo, com antepassados que remontam a milhões de anos.
Natureza esquiva: Estas focas são incrivelmente tímidas e esquivas, evitando frequentemente o contacto humano, o que as torna difíceis de estudar.
População reduzida: Restam apenas cerca de 600-700 focas-monge do Mediterrâneo em estado selvagem, o que as torna num dos mamíferos marinhos mais ameaçados de extinção.
Habitantes de grutas: Ao contrário de muitas outras espécies de focas, as focas-monge do Mediterrâneo dão à luz e descansam frequentemente em grutas marinhas, que lhes proporcionam proteção contra predadores e perturbações humanas.
Tempo de vida: Estas focas podem viver até 20-30 anos na natureza, embora muitas enfrentem ameaças que podem encurtar o seu tempo de vida.
Dieta única: A sua dieta consiste principalmente em peixes, cefalópodes (como polvos e lulas) e crustáceos. Alimentam-se de forma oportunista e podem mergulhar até 200 metros para apanhar as suas presas.
Aspeto das crias: As crias de foca-monge recém-nascidas nascem com uma pelagem preta e lanosa, que trocam ao fim de algumas semanas por uma pelagem mais lustrosa, de aspeto adulto.
Mitologia grega: A foca-monge do Mediterrâneo aparece na mitologia e arte gregas antigas, frequentemente associada a deuses e ninfas do mar.
Nadadores silenciosos: Ao contrário de outras focas que são bastante vocais, as focas-monge do Mediterrâneo são relativamente silenciosas, utilizando sons mínimos para comunicar, principalmente durante a época de reprodução.
Distribuição histórica: Historicamente, estas focas eram encontradas em todo o Mar Mediterrâneo, no Mar Negro e nas costas atlânticas do noroeste de África, mas a sua área de distribuição diminuiu significativamente devido às actividades humanas.
Estado de conservação e esforços
A foca-monge do Mediterrâneo (Monachus monachus) está classificada como ameaçada de extinção pela IUCN. A sua população tem sofrido graves declínios devido à destruição do habitat, à perturbação humana direta e às capturas acessórias nas artes de pesca. Estima-se que a população atual se situe entre 600 e 700 indivíduos, localizados principalmente em bolsas isoladas no Mar Mediterrâneo e no Atlântico Norte oriental.
Para combater estas ameaças, foram implementadas várias medidas de conservação. Foram estabelecidas áreas marinhas protegidas para salvaguardar habitats críticos e foram criados centros de reabilitação para cuidar de focas feridas ou órfãs. Além disso, as campanhas de sensibilização têm como objetivo educar as comunidades locais sobre a importância da preservação desta espécie. A cooperação internacional, nomeadamente através do Plano de Ação para o Mediterrâneo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, também desempenha um papel importante na coordenação de esforços entre diferentes países para uma ação de conservação mais eficaz.