O tatu-canastra é a maior espécie de tatu. Tem uma carapaça protetora distinta feita de placas ósseas chamadas osteodermas. Os adultos podem atingir um comprimento de 150 centímetros, incluindo a cauda, que tem cerca de 50 centímetros de comprimento. Pesam entre 18 e 32 quilogramas. O tatu-canastra tem garras longas e poderosas, especialmente nos membros dianteiros, que utiliza para escavar. O seu corpo está coberto por uma pele dura e coriácea que varia entre o castanho-escuro e o quase preto, com faixas de cor amarelada ou esbranquiçada mais clara na carapaça.
Habitats e distribuição
O tatu-canastra habita uma grande variedade de ambientes em vários países da América do Sul, incluindo Venezuela, Colômbia, norte da Argentina, Paraguai, Peru, Brasil, Suriname, Equador, Bolívia, Guiana Francesa e Guiana. Prefere principalmente florestas tropicais e subtropicais, savanas e pradarias abertas, prosperando frequentemente perto de fontes de água, como rios e riachos. Estes habitats proporcionam o solo macio e húmido ideal para o comportamento de escavação do tatu-gigante, essencial para encontrar presas como insectos e pequenos vertebrados. Em termos de altitude, tende a ser encontrado em altitudes que vão desde o nível do mar até 500 metros. A espécie é altamente adaptável, habitando também áreas de floresta secundária e até mesmo paisagens agrícolas, desde que ofereçam cobertura e recursos alimentares suficientes. No entanto, a destruição e a fragmentação do habitat constituem ameaças significativas à sua sobrevivência, exigindo esforços de conservação para proteger os seus habitats primários e garantir a longevidade da sua população.
Comportamentos e reprodução
Os tatus-gigantes são animais solitários, juntando-se principalmente apenas durante a época de acasalamento. Pensa-se que o acasalamento ocorre durante todo o ano, em vez de estar confinado a uma estação específica. Uma vez que o cortejo é bem sucedido, a gestação dura cerca de quatro meses, culminando no nascimento de uma única cria. As crias nascem cegas e dependem fortemente da mãe para se alimentarem e se protegerem. O desmame ocorre ao fim de vários meses, durante os quais o jovem aprende a procurar alimentos e a adotar comportamentos defensivos essenciais à sua sobrevivência. Após o desmame, o jovem tatu adopta gradualmente um estilo de vida solitário, semelhante ao dos adultos. A sua estratégia reprodutiva é caracterizada por uma duração relativamente longa dos cuidados maternos, em comparação com outras espécies de tatus, o que garante taxas de sobrevivência mais elevadas para as crias nas fases iniciais de desenvolvimento.
Dieta
Os tatus gigantes são essencialmente insectívoros, alimentando-se principalmente de formigas e térmitas. Também comem outros invertebrados, como besouros e minhocas, e ocasionalmente consomem pequenos vertebrados, carniça e matéria vegetal.
Cores
Castanho-escuro, preto, amarelado, esbranquiçado
Factos divertidos
Os tatus-gigantes têm o maior número de dentes de todos os mamíferos terrestres, com até 100 pequenos dentes em forma de cavilha.
Podem escavar grandes tocas, que servem de abrigo a muitas outras espécies animais.
Apesar do seu tamanho, os tatus gigantes são esquivos e raramente vistos pelos humanos.
Têm uma baixa taxa de reprodução, dando origem a uma única cria após um período de gestação de cerca de quatro meses.
Estado de conservação e esforços
O estado de conservação do Tatu-gigante (Priodontes maximus) está atualmente classificado como Vulnerável na Lista Vermelha da IUCN. A população desta espécie está a diminuir rapidamente devido a uma série de ameaças, principalmente a perda de habitat devido à desflorestação, expansão agrícola e actividades mineiras. Além disso, a caça para fins alimentares e o comércio ilegal de animais de estimação representam perigos significativos para a sua sobrevivência. Os esforços de conservação do tatu-gigante incluem a proteção do habitat, medidas anti-caça furtiva e investigação ecológica para melhor compreender as suas necessidades e comportamento. As principais iniciativas envolvem a criação e manutenção de áreas protegidas dentro da área de distribuição do tatu, a aplicação das leis de tráfico de animais selvagens e a colaboração com as comunidades locais para promover práticas sustentáveis de uso da terra. As organizações também realizaram campanhas educativas para aumentar a consciencialização sobre a importância de preservar esta espécie única e o seu habitat.