
O tangará (Tangara gyrola) é uma ave tropical de cores vibrantes que ocorre na Costa Rica, no Panamá e em grande parte do norte da América do Sul. É geneticamente diverso, o que indica que pode incluir mais do que uma espécie. É comum encontrar-se na copa das florestas húmidas. Também habitam clareiras próximas com árvores dispersas, áreas semi-abertas e florestas altas de segundo crescimento. Tal como a maioria dos tanagers, o Tanager-de-cabeça-vermelha é uma ave muito social, e normalmente forrageia aos pares ou em pequenos grupos que viajam dentro de bandos maiores de espécies mistas. O ninho em forma de taça aberta é normalmente escondido em folhagem densa e colocado em árvores. O tamanho da ninhada é de dois ovos. As fêmeas constroem o ninho e incubam os ovos, e ambos os adultos alimentam as crias.
Habitats e distribuição
O Tanagro-de-cabeça-branca encontra-se tipicamente nas regiões tropicais e subtropicais da América Central e do Sul. Habita uma variedade de ambientes, incluindo florestas montanhosas baixas, florestas subtropicais ou tropicais húmidas de planície e antigas florestas fortemente degradadas. A espécie prospera frequentemente em áreas com folhagem densa, onde tem acesso a uma rica oferta de frutos e insectos para sustentar a sua dieta. Geograficamente, a área de distribuição do Tanager-de-cabeça-branca estende-se desde a Costa Rica até ao Panamá e à parte norte da América do Sul, incluindo a Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Brasil. Esta ave é normalmente avistada em altitudes que vão desde o nível do mar até cerca de 1.800 metros, preferindo regiões que oferecem uma combinação de elevada humidade e vegetação luxuriante. Apesar da desflorestação em algumas áreas, o Tanagro-de-cabeça-branca continua relativamente difundido devido à sua adaptabilidade ao crescimento secundário e a vários tipos de bordos de floresta.
Comportamentos e reprodução
O Tanagro-de-cabeça-branca apresenta um sistema de acasalamento monogâmico, com pares que formam laços duradouros. As épocas de acasalamento variam ao longo da sua área de distribuição, influenciadas pelo clima regional e pela disponibilidade de alimentos. Tanto o macho como a fêmea participam na construção do ninho, normalmente situado na forquilha de uma árvore. As fêmeas põem 2-3 ovos por ninhada e são as únicas responsáveis pela incubação, que dura cerca de 13-14 dias. Os machos ajudam a alimentar as crias quando estas eclodem, contribuindo assim para o cuidado cooperativo das crias. Os tansos-de-bico-vermelho são aves geralmente sociáveis, frequentemente observadas em bandos mistos com outros tansos-de-bico-vermelho e outras espécies de aves fora da época de reprodução. Esta associação inter-espécies ajuda a reduzir os riscos de predação e aumenta a eficiência da procura de alimentos. Não é comum observar nesta espécie comportamentos únicos de reprodução cooperativa, uma vez que tendem a confiar nos laços estreitos entre pares e na unidade familiar imediata para o sucesso reprodutivo.
Dieta
A sua alimentação é constituída principalmente por frutos, mas comem frequentemente insectos.
Cores
Geralmente, as partes superiores são verdes e as partes inferiores são azuis; a cabeça vermelho-castanho está separada do dorso verde por uma banda nucal amarela a dourada. A intensidade da cor da banda nucal e a cor da parte superior e inferior do corpo variam consoante as subespécies. Os machos e as fêmeas são semelhantes, mas as fêmeas são de cor mais baça.
Factos divertidos
Esta espécie é muito variável em termos geográficos, com nada menos do que nove subespécies reconhecidas, o que a torna uma das mais diversas fenotipicamente de todos os tangarás (apenas o tangará dourado Tangara arthus tem tantas subespécies).
Estado de conservação e esforços
O tangará (Tangara gyrola) está atualmente classificado como "Menos Preocupante" pela IUCN, o que indica que está relativamente disseminado e é abundante. As tendências populacionais são geralmente estáveis, embora se registem declínios localizados, principalmente devido à perda de habitat. A desflorestação para fins agrícolas, a exploração madeireira e o desenvolvimento urbano constituem ameaças significativas ao seu habitat, particularmente nas regiões tropicais e subtropicais da América Central e do Sul. Os esforços de conservação do tanagro-de-cabeça-branca centram-se na preservação e recuperação do habitat. Áreas protegidas e parques nacionais em países como a Colômbia, Costa Rica e Venezuela oferecem santuários cruciais. Além disso, vários projectos de reflorestação e práticas de utilização sustentável dos solos visam atenuar a destruição do habitat. As organizações de conservação também trabalham na consciencialização das comunidades locais sobre a importância da preservação dos habitats naturais para apoiar a sobrevivência da espécie a longo prazo.