
A motoneira andina ou motoneira das terras altas (Momotus aequatorialis) é uma ave quase passeriforme colorida que se encontra desde o norte da Colômbia até ao oeste da Bolívia. É, em geral, típica da sua família: É uma ave grande com um bico preto robusto e uma cauda longa com uma ponta em forma de "raquete". Mede de 46 a 48 cm de comprimento e pesa de 143 a 202 g. Reside nos Andes desde a Colômbia, passando pelo Equador e Peru, até ao Departamento de La Paz, no noroeste da Bolívia. Na Colômbia, ocorre em todas as três principais cordilheiras, mas no Equador, Peru e Bolívia é encontrada apenas ao longo do lado leste dos Andes. Na Colômbia, a altitude varia de 1.500 a 3.100 m, no Equador, de 1.000 a 2.100 m, no Peru, de 1.000 a 2.400 m, e na Bolívia, de 1.600 a 1.900 m.
Habitats e distribuição
A andina habita principalmente florestas montanhosas subtropicais e tropicais, bem como bordas de florestas e áreas de crescimento secundário. Vive em altitudes que variam de 700 a 3.500 metros, favorecendo ambientes com vegetação densa de sub-bosque, que oferece ampla cobertura e oportunidades de alimentação. Estas aves são frequentemente encontradas perto de fontes de água, como rios e riachos, que suportam uma rica variedade de presas de insectos. Geograficamente, a área de distribuição da andorinha-dos-andes estende-se ao longo da cordilheira dos Andes, desde o norte da Colômbia e da Venezuela, passando pelo Equador e chegando ao norte do Peru. Esta distribuição abrange uma grande variedade de zonas ecológicas, permitindo que a espécie se adapte a vários microhabitats nestas regiões montanhosas. São particularmente comuns nas florestas nubladas, que oferecem a humidade e a folhagem densa essenciais para os seus comportamentos de procura de alimento e de nidificação.
Comportamentos e reprodução
A andorinha-dos-andes exibe um comportamento reprodutivo intrigante que se alinha com o seu sistema de acasalamento monogâmico. Durante a época de reprodução, que ocorre tipicamente de março a julho, os pares envolvem-se em elaboradas exibições de cortejo que envolvem batidas de asas sincronizadas e movimentos da cauda para fortalecer os laços do par. Os ninhos são frequentemente feitos em tocas escavadas pelo par em bancos de terra ou em solo macio, demonstrando uma forte parceria, uma vez que partilham a responsabilidade de incubar os ovos e alimentar as crias. Estas tocas podem ser surpreendentemente profundas, atingindo por vezes até 2 metros de comprimento. Em termos de estrutura social, a andorinha-dos-andes é geralmente observada sozinha ou aos pares, o que enfatiza o facto de privilegiarem a ligação entre pares em detrimento da dinâmica de grupo. São territoriais durante a época de reprodução, defendendo ativamente os seus locais de nidificação de intrusos. As aves jovens permanecem frequentemente perto do território dos progenitores durante um período prolongado, possivelmente para ajudarem em futuras ninhadas ou para aprenderem competências vitais de sobrevivência antes de estabelecerem os seus próprios territórios. Esta abordagem provavelmente aumenta as taxas de sobrevivência dos seus descendentes nos ambientes diversos e por vezes severos dos Andes.
Dieta
Insectos, pequenos vertebrados e frutos.
Cores
O dorso, as asas, a garganta, o peito e o ventre são verdes. A coroa é preta, bordejada nos lados e atrás por um "diadema" de vários tons de azul. Tem uma "máscara" preta bordejada de azul e uma mancha ou raia preta no centro do peito. As raquetes são azuis escuras.
Factos divertidos
A motoneira-dos-andes habita principalmente a floresta húmida de montanha, muitas vezes perto de barragens. Também pode ser encontrada nas bordas da floresta e na floresta secundária. É uma ave impressionante com uma plumagem colorida encontrada nas florestas da Colômbia. Tem o corpo verde, a coroa azul e a cauda longa e em forma de raquete. É conhecida pelo seu canto único e pela sua capacidade de se empoleirar imóvel durante longos períodos.
Estado de conservação e esforços
A andorinha-dos-andes (Momotus aequatorialis) está atualmente classificada como Pouco Preocupante pela IUCN, o que indica que não está imediatamente em risco. A espécie tem uma tendência populacional relativamente estável, embora tenham sido registados declínios locais devido à perda de habitat. As principais ameaças incluem a desflorestação para fins agrícolas, a expansão urbana e o desenvolvimento de infra-estruturas, que reduzem a disponibilidade de locais de nidificação e alimentação adequados. Os esforços de conservação da andorinha-dos-andes centram-se na proteção e recuperação do habitat. Isto inclui o estabelecimento e a gestão de áreas protegidas nas regiões andinas onde a ave reside. Além disso, organizações locais e internacionais estão envolvidas em programas de reflorestação e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis para mitigar a destruição do habitat. As campanhas de sensibilização do público e as iniciativas de ecoturismo também são fundamentais para fomentar o apoio da comunidade à conservação desta espécie vibrante e do seu habitat.